terça-feira, 7 de julho de 2009

Parque Verde dos Caixins

Por Henrique Silva
Proponho a criação de um Parque Verde para os Caixins.
Ao invés dos projectos que estão previstos mas ainda não executados, propunha a criação de uma zona verde em todo o terreno dos Caixins com os seguintes elementos:
- construção de uma zona verde (onde esteja contemplado flora da região)
- criação de espaços de lazer e equipamentos desportivos
- criação de pontos de água (com equipamentos náutico/turísticos, onde as pessoas podiam passear de barco), os barcos miniatura a utilizar seriam os barcos típicos da Nazaré
- criação de zonas educativas e ambientais (que poderiam ser utilizadas pelas escolas do concelho para conhecer a flora da região, ter jogos educativos/ambientais de forma a potenciar novas atitudes e comportamentos das novas gerações)
- zonas de bares e restauração (com construção integrada na natureza e com materias ecológicos)

A construção desta infra-estrutura teria como objectivos:

- aumentar a mancha verde da Nazaré em contraponto com o aumento de betão
- aumentar a qualidade de vida da população e turistas (estudo científico recentemente publicado na Noruega, Finlândia e Suécia provou que a construção de parques verdes junto da população tornou maior a qualidade de vida e a felicidade dos habitantes)
- permitir a prática desportiva e de convívio das famílias em segurança e conforto
- aumentar a qualidade estética da Nazaré onde impera o betão
- transmissão de valores educacionais e ambientais às novas gerações
- desenvolvimento económico

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Observatório da Nazaré

Por Joaquim Paulo

Trata-se de uma instituição que resulta de uma parceria entre instituições públicas e privadas e que tem como objectivo a elaboração de dados estatísticos oficiais que ajudem a identificar e resolver problemas de desenvolvimento local. Funcionará como uma base de dados digital, que estará disponível on line e num espaço físico, à disposição da população, dos políticos e dos empresários. Ao mesmo tempo, o Observatório funcionará como uma biblioteca digital sobre a história da Nazaré, com a digitalização de jornais, vídeos e imagens do concelho. Terá, ainda, a seu cargo a edição de livros e estudos sobre o concelho. O financiamento da instituição será assegurado pelos vários parceiros, que poderiam ser a Câmara, a Confraria, a Cercina e outras instituições.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Sociedade de Reabilitação Urbana da Nazaré

Por Joaquim Paulo
Os centros históricos da Nazaré estão a morrer. Há cada vez menos gente a viver nas zonas chamadas velhas da vila, o que causa profundos impactos na sociedade local. Deixámos de sentir o pulsar da vida na Praia, no Sítio e, embora com menos impacto, na Pederneira. As pessoas passaram a viver em casas mais cómodas e modernas, mas longe do mar e das nossas raízes. Os nazarenos passaram a viver no pinhal, o que ajudou a descaracterizar ainda mais a nossa terra. A falta de identidade advém muito do local que escolhemos para habitar, da nossa vivência diária, do contacto com as pessoas. É, por isso, urgente voltar a habitar nos centros históricos e a única maneira de o conseguir será através da reabilitação urbana.
Sabemos que o preço por metro quadrado na Nazaré é dos mais altos da região, o que propicia a que os nossos jovens tenham de sair da terra onde nasceram para viverem com dignidade. Sabemos, também, que há muitos prédios devolutos nos nossos núcleos urbanos e que os privados não têm demonstrado a vontade e a disponibilidade financeira para recuperarem os prédios e darem-lhes um novo uso. Nesse sentido, só através da criação de uma Sociedade de Reabilitação Urbana podemos dar a volta ao texto. Trata-se de uma empresa municipal que fará a gestão da recuperação de zonas urbanas, podendo expropriar ou inclusive chegar a um acordo com os proprietários dos prédios, garantindo assim a reabilitação desses edifícios a custos controlados. Só assim poderemos voltar a ter qualidade de vida na Nazaré.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Lota Velha

Por Joaquim Paulo

A Antiga Lota é um dos edifícios mais marcantes da Nazaré. A sua construção data dos anos 40 do séc. XX. Serviu como lota de pesca até ao início dos anos 80, quando viu a sua utilização substituída pela nova Lota, construída no Porto de Abrigo da vila. O edifício esteve parado vários anos, até receber obras de readaptação que o transformaram, já na década de 90, num Centro Cultural.
Pretende-se com esta intervenção instalar naquele edifício um Museu do Mar, apostando numa vertente multimédia que possa abarcar vários públicos-alvo, nomeadamente as escolas de todo o País. A Nazaré foi um ícone de Portugal durante décadas, devendo esse imaginário ser recriado através das novas tecnologias.
O primeiro piso será destinado, apenas, a dois tipos de utilização. Uma parte do rés-do-chão será afecto ao “Mercado do Peixe”, onde será comercializado pescado fresco, permitindo aos locais e aos visitantes ter acesso a um local privilegiado para a venda do peixe do dia. As vendedoras de peixe do Mercado Municipal serão transferidas para a Antiga Lota, onde o “Mercado do Peixe” funcionará apenas durante a manhã. Será importante dinamizar uma parceria com os pescadores, encetando uma experiência-piloto com a Escola de Tecnologias de Mar, de Peniche, por forma a permitir que os pescadores possam vender directamente o seu produto ao consumidor final, obtendo assim ganhos mais significativos.
Aos fins-de-semana, mas com maior incidência nos meses de Verão – quando a periodicidade poderá ser diária – o piso térreo da Lota Velha será palco de recriações dos velhos hábitos de transacção de peixe. Deverão ser contratados pescadores e peixeiras que, a exemplo do que sucede com a Arte Xávega, recriarão as velhas técnicas do “chui”.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Marca Turismo Religioso

Por Henrique Silva

O programa Prova do Novos pretende em todos os programas apresentar um projecto para a Nazaré.
Nesta 2ªemissão o projecto que apresentámos intitulava-se Turismo o Ano Inteiro.

Na Nazaré temos uma afluência de turistas sazonais, no período de Verão e agora na passagem do ano.
Uma questão que tem sido central ao longo dos anos e que preocupa os diversos agentes económicos e a própria câmara municipal é de como inverter esta situação e, passar a ter uma afluência de visitantes na Nazaré mais consistente ao longo do ano.

É a esta resposta que a nossa proposta de projecto para a Nazaré, apresentada na 2ª emissão do programa Prova dos Novos da rádio Nazaré pretende responder.

Nós nazarenos e em especial os agentes decisores da nossa terra têm vivido um dilema existencial, entre a Nazaré Antiga e a Nazaré Nova.
Esta nomenclatura e esta divisão cartesiana das coisas tem impossibilitado a harmonia e construção de um presente rico e sustentável para a Nazaré.

Estamos convictos que este binómio antigo/moderno poderá ter consequências muito positivas nos nazarenos em termos de qualidade de vida, identidade nazarena e amor à sua terra, vivendo nela e para ela de uma forma qualitativa e financeiramente estável.

Senão vejamos, e não sendo redutores, pois a Nazaré é uma terra de potencialidades onde quase tudo está por desbravar em termos de captação e fidelização de turistas, um dos projectos que poderia ser desenvolvido seria o do Turismo Religioso.

Aproveitando todo o património arquitectónico religioso existente na Nazaré, o que chamamos materialismo, a forma como a nossa população sempre viveu e continua a viver a religiosidade, o que chamamos imaterialismo.

A Nazaré apresenta inúmeras festas religiosas ao longo do ano, curiosamente nos meses em que há menos afluência de visitantes, criando uma marca de Turismo Religioso da Nazaré esta situação poderia se inverter.

O Turismo Religioso poderia voltar a ser vivido e potencializado a produto turístico, não nos podemos esquecer da importância que o Santuário da Nossa Senhora da Nazaré teve ao longo de muitos anos na perignação de crentes, toda essa importância religiosa e cultural poderá ser revalorizada e reinventada.

Por outro lado existem muito perto da Nazaré, concelhos com quem se poderia formar sinergias muito positivas, como por exemplo Fátima, expoente máximo do Turismo Religioso em Portugal e no mundo.
De igual forma temos Alcobaça, Batalha e Tomar, todos com elevado património arquitectónico religioso e com quem se poderá criar um organismo independente que tivesse como objectivo a preservação e valorização do Turismo Religioso, à semelhança do que aconteceu noutras zonas do país, nomeadamente na zona norte com a criação da TUREL.

De referir igualmente o aumento crescente de "turistas religiosos" que procuram cada vez mais oferta turística com esta vertente, a Embratur, uma empresa brasileira de turismo solicitou uma investigação que foi feita pela Universidade de São Paulo onde ficou demonstrado que existem actualmente 15 milhões de brasileiros a viajar pelo mundo à procura deste tipo de turismo.

Curiosamente um dos maiores pólos religiosos em termos de atracção de turistas no Brasil é o Círio da Nazaré.

Em suma, este projecto passaria pela criação de uma marca Turismo Religioso da Nazaré, aproveitando as mais valias materiais e imateriais existentes na Nazaré, potencializando e valorizando a nossa cultura transformando-o num produto turistico de qualidade e diferenciado assente na vivência natural das nossas gentes para com a religiosidade.
O próprio nome Nazaré apresenta uma enorme importância na religiosidade.

Importa referir que a construção de uma marca é muito mais que a elaboração de um logotipo, um filme publicitário, publicidades , etc...

Criar uma marca é como criar um ser vivo, com o seu materialismo (corpo) e o seu imaterialismo (alma), é importante ter valores e bases sólidas para crescer, desenvolver-se e ter sucesso.

"As marcas são os sonhos dos homens perpetuados na Economia, como os nossos filhos o são na nossa vida".
Carlos Coelho